Esta é a história do Simão. Este menino tem leucemia e procurou o Reiki para o ajudar aos bocadinhos a ser mais forte!!
Não é uma história fácil, mas é uma realidade. Vamos acompanhando a história deste nosso pequeno grande heroi. <3
Como tudo começou…
Era um dia de Sol, estava calor e o Simão estava de férias. O Simão não se lembra do dia… Só se lembra que estava calor e ele estava de férias. Nesse dia ia à piscina da tia Sílvia e, de repente, a falta de ar voltou… Já andava com falta de ar há uns dias mas não queria preocupar a mãe que já andava cansada e a precisar de férias. O Simão achou que estava só meio constipado e que aquilo ia passar. Passava sempre! Mas naquele dia, logo naquele dia em que ia passar o dia na piscina, a falta de ar voltou. E desta vez era pior que das vezes anteriores. Desta vez, além da falta de ar, sentia um peso no peito, como se o seu coração tivesse crescido muito e quisesse “ver” o mundo. A tosse também voltou. Estava tão aflito que se queixou à mãe, que imediatamente cancelou a ida à piscina da tia Sílvia.
– Estás a “chocar” alguma gripezita! – Disse ela.
– Oh bolas! Devia ter feito como nas vezes anteriores… Afinal aquilo acabava por passar! – Pensou Simão.
Nos dias seguintes o Simão não melhorou. A mãe, já preocupada, levou-o ao hospital…
– Meu amor! É só por descargo de consciência… – Dizia-lhe para o acalmar.
Esperaram o que lhe pareceu uma eternidade.
Entraram e o Simão contou a sua história, desde o primeiro dia em que tinha sentido a primeira falta de ar, até ao cancelamento da ida à piscina. Deu bastante ênfase ao fato de não ter ido à piscina, pois achava que a mãe tinha exagerado, privando-o assim de uma tarde divertida na companhia da tia e dos primos.
O doutor fez perguntas e mais perguntas e mais perguntas.
– Bolas! Assim nunca mais me vou embora! – Pensou para si.
Depois de contar a história aí umas três vezes ao doutor lá o mandaram fazer um RX. – Boa! Só isto e depois vou embora! – Exclamou contente.
Enganava-se… Veio o resultado do RX e o médico quis análises. Depois de ter o resultado das análises, quis uma TAC. Depois da TAC quis falar a sós com a sua mãe…
Passados uns minutos chamaram o Simão.
A mãe estava com aquela cara de choro com que ficava sempre que se zangava com o pai… O doutor falou calma e pausadamente e explicou ao Simão que já sabiam porque ele andava com falta de ar… Tinha uma “bolinha” do tamanho de uma laranja dentro do peito dele. O Simão exclamou contente:
– Então agora é só tirar a “bolinha” e já posso ir para casa?
Mas não era assim tão simples… O doutor explicou-lhe que tinham de operá-lo para lhe tirarem um bocadinho daquela “bolinha” para perceberem o que era. Só depois iam puder tratá-lo.
– És corajoso e valente Simão? – Perguntou o doutor.
Simão acenou com a cabeça e pensou para si mesmo:
– Claro que sou! Não tenho medo do escuro nem das osgas do jardim da avó e até já peguei em cobras no jardim zoológico…
Os dias que se seguiram foram confusos para o Simão. Ele não percebia muito bem porque a mãe andava triste. O pai voltou do Brasil bem antes do que era suposto… A avó chorava muito agora e dava-lhe ainda mais beijinhos que o normal.
Depois veio o dia da operação… A tal que se chama “biópsia”. O doutor explicou-lhe que serve para retirarem um pedacinho da “bolinha” e verem de que células é composta.
– Já aprendi muitas palavras que não conhecia! – Pensou Simão.
Durante uns dias o Simão voltou a ser feliz… voltou à escola e brincou muito com os seus amigos de quem já tinha muitas saudades.
Esta alegria durou pouco… basicamente o tempo que demorou a receberem o resultado da biópsia e o Simão teve de regressar ao hospital para uma “conversa séria” com o doutor. O doutor explicou que ele ia ter de fazer uma coisa chamada “quimioterapia”. Explicaram-lhe que ia levar umas injeções de uns remédios e que o cabelo dele ia cair… e que tinha de ser forte. Que iam haver dias em que não se iria sentir nada bem, que ia sentir-se enjoado e com dores de barriga.
– Deve ser mais ou menos como daquela vez em que apanhei uma intoxicação alimentar na escola e vomitei muito e até tive de levar soro. – Pensou Simão.
Dois dias depois da tal “conversa séria” o Simão fez análises de novo e teve a sua primeira sessão de quimioterapia.
( continua )….